

mágoa no coração é como beber veneno pensando que o outro é quem vai
morrer. ...
Se a mágoa lhe bate à porta, entorpecendo-lhe a cabeça ou paralisando os braços, fuja dessa intoxicação mental enquanto pode.
Se você está doente, atenda ao corpo enfermiço, na convicção de que não é com lágrimas que você recupera um relógio defeituoso.
Se você errou, busque reconsiderar a própria falta, reajustando o
caminho sem vaidade, reconhecendo que você não é o primeiro e nem será o
último a encontrar-se numa conta desajustada que roga corrigenda.
Se você caiu em tentação, levante-se e prossiga adiante, na tarefa que a
vida lhe assinalar, na certeza de que ninguém resgata dívida ao preço
de queixa inútil.
Se amigos desertaram, pense na árvore que por vezes, necessita da poda, a fim de renovar a própria existência.
Se você possui na família um ninho de aflições, é forçoso anotar que o benefício da educação pede a base da escola.
Se sofrer prejuízos materiais, recorde que, em muitas ocasiões, a perda do anel é a defesa do braço.
Se alguém ofender a sua dignidade, olvida ressentimentos, ponderando que
a criatura de bom senso, jamais enfeitaria a própria apresentação com
uma lata de
lixo.
Se a impaciência marca seus gestos habituais, acalme-se observando que,
os pequeninos desequilíbrios, integram as grandes perturbações.
Seja qual for o seu problema, lembre-se que toda a mágoa é sombra
destrutiva e, de que sombra alguma, consegue permanecer no coração que
se acolhe ao trabalho, procurando servir.